sábado, 29 de março de 2014

Manual do candidato a vegetariano

Manual do(a) candidato(a) a vegetariano(a)
Edição nº 1

Prefácio

Este manual é apenas uma trilha e não um trilho na busca de se tornar  uma pessoa vegetariana. Mas primeiro vou contar a minha experiência pessoal de como me tornei vegetariano. Todos os vegetarianos certamente tiveram suas pré-experiências até se tornarem o que são. Na verdade é uma soma de fatores, como vocês poderão conferir na minha história abaixo.
Vamos fazer uma breve reflexão sobre os seres da Terra. Há os três reinos, o mineral, o vegetal e o animal. No reino animal temos uma imensa fauna. Nessa fauna há os animais irracionais e o racional que somos nós, seres humanos. Agora imagine um animal carnívoro, ele tem garras, dentes e presas enormes para poder comer suas caças. Já os animais herbívoros, os que comem vegetais, têm patas e dentes pequenos. E nós? o que nós temos?. Temos mãos, pés e dentes pequenos. Os nossos dentes não são presas, nem nossas mãos são garras. Nossas mãos foram feitas para colher o fruto, para plantar e colher, colher e plantar.
De onde vem a proteína? Do sistema mente-cérebro. Os sistemas mente-cérebro dos animais são suficientemente sábios para prover suas próprias proteínas. Desde a força do elefante até a destreza de um touro.

O Início
Quando me mudei de Maceió para São Paulo, a primeira diferença que encontrei  foi na feira. Sim, na feira.  Em São Paulo, elas têm uma imensa variedade de frutas, legumes e verduras.  As feiras de Maceió, pelo menos quando eu morava lá, são muita heterogêneas e fixas. Elas vendem de tudo, desde pássaros a  cabras e até tecidos, passando por bicicletas, panelas, e etc e são em lugares fixos de segunda a domingo. Quando alguém diz que vai na feira, já se sabe que irá até o centro velho onde passa a linha de trem.
Aos 17 quando me deparei com a feira da Vila Maria, um barro da zona norte de São Paulo, quase tudo era verde. Dali me veio um sentimento de como seria bom se eu só comesse vegetal. Mas foi apenas um sentimento, mas algo acendeu na minha mente.
Bem, lá para os meus 21, quando na Faculdade, uma colega me convidou para passar um dia na Ordem Rosacruz com direito ao almoço no bairro oriental da Liberdade próximo ao Centro. Na época eu trabalhava no bairro do Braz, onde a comida era tipicamente nordestina. O almoço, regado a feijão, arroz, farinha de mandioca e carnes em geral era o que tinha por lá e isso às vezes me dava queimação, aí eu tinha que tomar aquele pó mágico que todos conhecem que é bicabornato de sódio. Era o que me aliviava.
Quando chegou a hora do almoço lá na Rosacruz a mesa era comida tipicamente vegetariana. Não tinha carne, e isso me deixou muito curioso. Tinha feijão, arroz, legumes , verduras e molhos, somente.  A surpresa foi que depois do almoço me senti  bem disposto e com uma sensação de leveza no estômago e bastante satisfeito.  Aquilo me chamou muita atenção. E então, naquele momento plantei a ideia de me tornar vegetariano. Contudo só plantei ainda naquela época e adiei pra mais tarde voltando a minha rotina normal.
A Coisa começou a degringolar mesmo lá pelos 35 anos. Foi no futebol. Sempre após o futebol  tinha um churrasco. 
Era um sábado á tarde,  num desses dias após o futebol,  participamos do churrasco e depois fomos embora cada um pro seu canto. Quando chegou à noite eu senti  meu estômago muito pesado. Fui dormir sem fome e como um peso no estômago. No outro dia, acordei da mesma maneira. Estava ainda com peso no estômago. Isso foi até uma terça-feira. Só na quarta é que meu estômago voltou ao normal.
Na outra semana, repetimos tudo. Futebol, churrasco e lá vai o estômago pesado outra vez até a outra quarta-feira.
Foi daí então que comecei a cortar a carne vermelha do meu cardápio. Comentei  com um amigo que estava com esse problema em relação ao churrasco após o futebol e aí ele me disse que naquela mesma noite ainda jantou. Aí a ficha caiu. Eu percebi que tinha de parar de comer carne.
Aos 45 me mudei para o Rio. Lá nas praias eu e minha esposa gostávamos  de comer camarão frito e bolinho de bacalhau com cerveja. Com o calor forte do Rio minha esposa começou a perceber um cheiro de comida velha e estragada nesses pratos. Aí começamos a tomar consciência que deveríamos parar de vez de comer qualquer tipo de carne. E foi o que nós fizemos.  Hoje, com exceção de algum queijo, somos vegetarianos.

Devagar
Isso mesmo. Devagar.
Primeiro imagine-se sem comer carne. Imagine você comendo somente vegetais. Imagine o seu corpo livre deste tipo de comida. Se quiser realmente parar de comer carne vá em frente.
Pense nos animais os quais você ainda se alimenta de suas carnes. Existe toda uma gama desses vídeos sobre sacrifícios dos animais no Youtube. Veja pelo menos um documentário sobre o assunto.
Entretanto, uma vez que você queira parar de comer carne vermelha, passe a comer carne branca, depois passe a comer somente peixe, no qual seria o último estágio e daí para com todo o tipo de carne. Tudo isso devagar. Não existe um tempo para isso. Você é quem determina o seu tempo.
É que nem parar de fumar. Vai haver recaídas, mas você vai chegar lá.

A Polêmica da Proteína
Os defensores da comida animal dizem que não conseguimos viver sem proteína animal. Ora, como um ser vegetariano vai precisar de proteína ou comida animal?
Recentemente um gerontologista americano descobriu o que todo o mundo vegetariano já sabia há muito tempo. Não precisamos de proteína animal, ou melhor ainda, não precisamos de comida animal.
Ou se o link não funcionar digite no Google: proteína animal estudo do gerontologista Valter Longo

Tratamento do Câncer
Meu sogro tinha câncer no sangue e a dieta elaborada pelo Hospital era sem carne vermelha.  Portanto, a carne vermelha  está fora da dieta de quem tem câncer. Mas só de quem tem câncer?

A Memória animal
A Vontade e o Livre Arbítrio são poderes que temos a nossa disposição para viver e, se quisermos, mudar nosso dia a dia. Uma das coisas que herdamos de nossos antepassados é a memória.  Desde o homo-sapiens na pré-história até nossos dias, o homem come carne e isto está arraigado na nossa memória.  E não é tarefa fácil você parar de comer carne de uma hora para outra.
O Cheiro da fumaça ao passarmos por um churrasquinho de rua ou numa padaria assando frango ainda vem memória e vem aquela vontade de dar uma beliscada; aguente firme que logo passa. Não esqueça seu desejo de ser vegetariano.

A vida social
Não feche portas, abra portas.
Para quem tem uma vida social intensa, a coisa vai mudar um pouco. Vamos dizer que a vida social terá um novo foco.
A primeira coisa é não se achar diferente e nem melhor que ninguém. O vegetariano não pode e não deve se achar melhor que os outros. Ser vegetariano é uma escolha pessoal, é uma mudança pessoal e nesse tema o mais importante e ser o mais simples e humilde possível, se não você ficará sozinho.
Uma vez que seus amigos são todos consumidores de carnes, eles vão começar a evidenciá-lo e querer lhe evitar na hora de convidar para uma festa, almoço ou churrasco. Compreenda que não é fácil, pois ele terá que se preocupar com o que você irá comer e isso além do estresse que já é organizar uma festa e ainda mais com este detalhe de alguém que não irá comer carne, acrescentar-se-á no pacote e isso passará a ser um problema. Imagine-se no lugar dele: um anfitrião convida um amigo que não irá comer sua comida. Realmente não é fácil. Então parta para a simulação. Diga ao seu amigo que você irá para a festa e não precisa se preocupar. Mas deixe claro que você não irá comer carne, pois sua decisão terá que ser respeitada, contudo não se iluda, você será cada vez menos convidado para as festas. O importante é você passar para seus amigos que eles continuam seus amigos, só que agora você fez uma opção de alimentação diferente da deles.
Nesse meio tempo, parta para se juntar a novos amigos vegetarianos, a participar de feiras e congresso sobre o assunto, viagens onde haja pousadas yogues ou aquelas onde a comida seja vegetariana.  É só usar a internet e sua imaginação.
Se você for uma pessoa reservada, você irá sentir menos o problema e com novos amigos vegetarianos pode ser que aconteça de você nem sentir a diferença.

Alopatia & Homeopatia + M.T.C + Yoga + Esportes
Se você é uma pessoa que só se trata através da Medicina Alopática, pense um pouco em expandir seus horizontes. Pesquise também sobre a Medicina Homeopática e a Medicina Tradicional Chinesa e quem sabe também sobre a Yoga. Você deve conhecer pessoas que utilizam esses outros caminhos que podem muito bem lhe dar algumas dicas. Não estou contrapondo esses outros caminhos contra a Alopatia, mas são caminhos complementares.
Uma vez quis testar uma homeopata. Acordei com uma otite e isso dá uma tremenda dor de ouvido. Antes de ir a médico alopata, consultei uma homeopata que me receitou algumas gotas de remédio no ouvido. No outro dia estava totalmente curado.
Quando acordar com gripe não tome remédio imediatamente. Dê um tempo ao seu corpo. Deixe que o sistema mente-cérebro convoque o sistema imunológico para atacarem os vírus. Se quiser ajudar, tome um suco de laranja.
Eu não tomo nem remédio e nem vacina. Eu simplesmente curto a gripe até o fim.
E não fique parado. Se não tiver contraindicação médica, pratique exercícios físicos, natação, etc, mas se não tiver a fim, que seja pelo menos uma caminhada de 40 minutos dia sim e dia não.
Uma vez que você é vegetariano mesmo praticando todos esses exercícios,  não vá cair na armadilha de se achar de todo saudável passando a exagerar no açúcar e no sal. Você poderá contrair Diabetes e Hipertensão. O normal mesmo é você trocar a açúcar por adoçante e diminuir a quantidade de sal na comida.

Dieta Vegetariana
Primeiro evite os refrigerantes. Você mesmo pode fazer o refrigerante perfeito. Veja como é simples: esprema um limão em um copo e complete com água pouco gelada. Pronto aí está o refrigerante perfeito. Se você quiser adicionar alguma coisa de seu gosto, como hortelã, açúcar a gosto ou gelo, tudo bem, mas não será mais o refrigerante perfeito.
-Veja abaixo a lista da dieta vegetariana
Alimentos integrais e cereais: arroz integral, macarrão integral sem ovos integral, pão integral, aveia, gérmen de trigo, granolas;
Quinua e amaranto;
Linhaça em grão ou óleo, azeite de oliva, gergelim;
Todas as oleaginosas: castanha do Pará, castanha de caju, nozes, amêndoas;
Sementes como a de girassol e a de abóbora;
Cogumelos comestíveis;
Leguminosas: feijões diversos (especialmente o azuki), soja, lentilha, grão de bico;
Folhas verdes, além de todas as hortaliças coloridas;
Açaí;
Frutas frescas, especialmente as ricas em vitamina C, além das frutas desidratadas como o figo seco;
Soja: principalmente na forma do “leite de soja” e de seus derivados (tofu, iogurte de soja, queijo em pasta de soja). Na forma da “carne de soja,” se bem preparada e com alguns cuidados, também é uma importante alternativa para a dieta vegetariana.

As informações abaixo são das fontes: "Dieta Sem Fome"- Harvey e Marilyn Diamond/ "Você Sabe se Alimentar"- Dr. Soleil/
Site American Natural Hygiene- http://www.anhs.org/,  através do Blog: Diário de uma natureba.
-As frutas e suas combinações.
As frutas são as faxineiras do nosso organismo e devem ser consumidas sozinhas, sem misturar com nenhum outro tipo de alimento. E  tem as afinidades. Tem fruta que tem mais afinidade entre si e frutas que não combinam.
Melancia e melão são anti-sociais e devem ser consumidos individualmente, não misturar nem entre eles, nem com nenhuma outra fruta .Os dois são de difícil digestão. As frutas doces são as mais sociais. Elas combinam com frutas doces, frutas semi-ácidas, ou com as oleoginosas.
As frutas ácidas também têm personalidade muito forte, devem ser consumida uma de cada vez, individualmente.  As frutas oleoginosas não combinam entre si, mas combinam com as frutas doces.
FRUTAS DOCES: banana, laranja lima, caqui, figo, frutas secas, fruta do conde, mamão...
FRUTAS ÁCIDAS: tangerina, laranja pêra,  abacaxi, morango, maracujá, acerola, caju, tamarindo, kiwi, amora, framboesa, limão, maçã ácida, nêspera, pitanga, uva, romã...
FRUTAS SEMI-ÁCIDAS: maçã, manga, pêra, goiaba, ameixa, uva moscatel, pêssego, carambola, cereja, damasco, nectarina, jabuticaba, nectarina... 
OLEOGINOSAS: abacate, coco, amêndoas, azeitona, castanha, nozes, pistache...
FRUTAS SOCIAIS: Limão e abacate não tem problema de relação, são mais abertas, essas podem ser usadas com outros alimentos, como molhos e temperos de comidas salgadas. Dê um intervalo de 01h, após consumir frutas, para consumir qualquer outro alimento. Dê tempo ao seu corpo para processar um assunto de cada vez. Facilite. Basta não atrapalhar o seu corpo que ele sabe o que fazer.
COMBINAÇÕES ADEQUADAS:
FRUTA DOCE + FRUTA DOCE
FRUTA DOCE + FRUTA SEMI-ÁCIDA
FRUTA DOCE + OLEOGINOSAS
FRUTA SEMI ÁCIDA + FRUTA SEMI ÁCIDA
FRUTA SEMI ÁCIDA + FRUTA DOCE
FRUTA ÁCIDA- SOZINHAS
OLEOGINOSAS + FRUTA DOCE

As informações e a ênfase sobre a soja abaixo são da fonte: www.vidavegetariana.com

Proteínas 
Sementes:  linhaça, abóbora, girassol.  
Grãos:  ervilhas, feijões, lentilhas, amendoins, grão de bico, soja, além de nozes, amêndoas, Castanha-do-pará, castanhas de caju.

Cereais
Trigo (pães, massa), aveia, centeio, milho, arroz.  
Derivados da Soja:  tofu, tempeh, proteína texturizada de soja (PTS), leite de soja. 

Uma dieta vegetariana fornece todos os tipos de proteínas necessários para uma alimentação saudável.  

Vitaminas 
Vitamina A:  vegetais vermelhos, laranjas ou amarelos, folhas verdes e frutas.  
Vitaminas do complexo B:  leveduras e cereais integrais, nozes.
Vitamina C: frutas frescas, verduras.
Vitamina D:  produzida pelo próprio organismo quando exposto ao sol.
Vitamina E:  óleos vegetais, cereais integrais.
Vitamina K:  vegetais frescos e cereais integrais
MINERAIS

Cálcio
Folhas verdes, nozes.

Fósforo
Gérmen de trigo e castanhas.

Ferro
Foolhas verdes, cereais integrais, feijão, lentilhas. O consumo de alimentos ricos em Vita mina C aumenta o seu aproveitamento.  

Carboidratos 
Há 3 tipos principais de carboidratos: açucares simples, amidos e fibras dietéticas.
Os açucares são encontrados nas frutas, amidos são encontrados em cereais, grãos, e alguns vegetais, como a batata. Carboidratos não refinados, obtidos a partir de cereais integrais são de melhor qualidade, por conterem fibras e vitaminas do complexo B.
Fontes comuns de carboidratos são pães e massas em geral. 

Fibras 
Frutas, amêndoas, castanhas, coco, aveia, trigo, centeio, folhas, ervilhas, feijão. 

Gorduras e Óleos 
Apesar de serem prejudiciais em quantidade excessiva, um certa quantidade é necessária para o corpo. As gorduras vegetais tendem a ser mais insaturadas, sendo um dos benefícios mais evidentes da dieta vegetariana. Entre as gorduras mono-insaturadas, destaca-se o azeite de oliva. Entre as poli-insaturadas, o óleo de girassol.

A soja 
"A soja está em alta. Depois que a FDA, agência americana que controla o setor de alimentos e remédios, divulgou a notícia de que o consumo diário de 25 gramas de proteína de soja - equivalente a meia xícara do grão - ajuda a prevenir doenças coronarianas, o alimento ganhou a atenção dos consultórios médicos."
"Especialistas dizem que produtos a base de soja, como proteína texturizada que imita carne, o shoyu, o tofu, o missô e as pílulas de lecitina compradas em farmácias, reduzem o risco de câncer de mama e de próstata, aliviam os sintomas do climatério, como ondas de calor e suores noturnos, ajudam a controlar o diabetes, a osteoporose e aterosclerose".

Proteína Texturizada de Soja (PVT) 
Obtida do grão de soja, após o processo de extração do seu óleo, a proteína de soja ou "Carne de Soja" como é popularmente conhecida, é constituída em média de 53 % de proteína de alto valor biológico. Absorve o sabor dos temperos facilmente, e por ser um produto pré-cozido, necessita apenas ser hidratada em água morna por 5 minutos, dispensando cozimento prolongado.
Utilização: por ser extremamente versátil, pode substituir a carne moída em diversas preparações, como Strogonof, feijoada vegetariana, hamburgers, croquetes, picadinhos, recheios, caçarolas, sopas, refogados, etc. (Vide Receitas).

Alimento Recomendado
Muitos países do mundo estudam a soja como um produto capaz de prevenir uma série de doenças, além de reabilitar doentes. Congressos médicos mundiais já incluem a soja em suas pautas de discussões e sinalizam a soja como sinônimo de saúde.
Pesquisas do mundo inteiro já confirmaram: as dietas ricas em fibras e com baixos teores de gordura saturada, aliadas a exercícios físicos a e um estilo de vida saudável, podem auxiliar no controle da obesidade e proteger contra doenças cardiovasculares, câncer, osteoporose e diabetes.
Inúmeras pesquisas realizadas pela área médica no Japão, China, Estados Unidos e Europa comprovam cientificamente os benefícios da soja na prevenção de doenças crônicas como: 

Coração
A ingestão de 25 gramas por dia de proteína de soja reduz o LDL, o mau colesterol, em torno de 33%. 

Menopausa 
A soja atenua os desconfortos do climatério, como suores noturnos e ondas de calor. 

Colesterol
Os altos níveis de colesterol sangüíneo e do LDL-colesterol estão associados a doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio e a arterioesclerose. Pesquisas da American Heart Association -AHA (Associação Americana do Coração) têm demonstrado que a ingestão de proteínas de soja reduz as taxas de LDL-colesterol. Pacientes acompanhados durante quatro semanas, por médicos da AHA, que tiveram a adição de proteínas de soja nas suas dietas - sem outra alteração - apresentaram uma redução nos níveis de LDL-colesterol em torno de 33%. Assim, a introdução de pequena quantidade de proteína de soja na dieta diária, cerca de 20g que equivalem a 50 g de grãos, é suficiente para deixar seu sangue e seu coração em forma. 

Prevenção do câncer
Os grãos de soja contêm um composto singular denominado genisteína, também chamado de fitoestrógeno ou hormônio vegetal, que possui uma ação estrogênica moderada, que atua na prevenção de câncer relacionado com o estrogênio. Pesquisas realizadas no Japão, Estados Unidos e Europa têm mostrado que a ingestão diária de alimentos à base de soja, como tofu (queijo de soja), miso, natto e tempe (especialidades da cozinha oriental) reduz os riscos de câncer de mama e próstata em 50%.
A soja e seus derivados também possuem uma ação preventiva quanto aos cânceres de cólon, reto, estômago e pulmão. Para que os tumores aumentem seu tamanho, é necessário o desenvolvimento de novos vasos sangüíneos. O bloqueio desse processo é visto como uma maneira potencialmente importante para controlar o câncer. A genisteína também inibe a formação desses vasos e, conseqüentemente, o desenvolvimento dos tumores cancerígenos.

Osteoporose
Com o envelhecimento, as pessoas perdem cálcio, o que resulta, muitas vezes, em osteoporose. Na menopausa, esse processo se agrava com a deficiência hormonal ovariana. Devido sua ação estrogênica, a genisteína da soja pode manter a estrutura óssea. Exames de densiometria óssea comprovam que o consumo de soja retarda a osteoporose decorrente da idade, como também reduz significativamente a perda óssea total.

Diabetes e outras doenças
As fibras de soja exercem importante papel na regulação dos níveis de glicose no sangue, pois retardam sua absorção. Essa redução na velocidade de absorção da glicose auxilia no controle de diabetes. Há evidências de que o consumo da soja tem efeito positivo no controle de outras doenças como hipertensão, litíase (cálculos biliares) e doenças renais.

Aterosclerose 
O hormônio vegetal isoflavona torna as artérias mais flexíveis e reduz o índice da doença.

Cinco Mil Anos de História 
A soja é uma leguminosa domesticada pelos chineses há cerca de cinco mil anos. Sua espécie mais antiga, a soja selvagem, crescia principalmente nas terras baixas e úmidas, junto aos juncos nas proximidades dos lagos e rios da China Central. Há três mil anos a soja se espalhou pela Ásia, onde começou a ser utilizada como alimento. Foi no início do século XX que passou a ser cultivada comercialmente nos Estados Unidos. A partir de então, houve um rápido crescimento na produção, com o desenvolvimento das primeiras cultivares comerciais.
No Brasil, o grão chegou com os primeiros imigrantes japoneses em 1908, mas foi introduzida oficialmente no Rio Grande do Sul em 1914. Porém, a expansão da soja no Brasil aconteceu nos anos 70, com o interesse crescente da indústria de óleo e a demanda do mercado internacional.

Uma advertência
A soja contém estrógenos, que são hormônios femininos. A mulher pode comer, se quiser, em excesso e sem medo. Já homem tem que comer o mínimo possível, por razões óbvias.

Produtos Orgânicos 
São alimentos limpos e sadios cultivados sem o uso de agrotóxicos ou fertilizantes. Eles são cultivados através de manuseio de compostagem, adubação verde e no manejo orgânico do solo.
O ideal seria comer vegetais orgânicos, porém eles são bem mais caros.

Alimentos ácidos x alimentos alcalinos 
Muitos médicos do passado já diziam que a alimentação correta é a maior prevenção contra doenças, e existem muitos motivos para isso. Um deles é o PH do sangue. 
PH é a medida que define se um elemento ou composto é ácido ou base (alcalino). A tabela varia de zero a 14.
PH = zero -> máximo de acidez;
pH = 7,00 -> neutro;
pH = 14 -> máximo de alcalinidade.
O importante disso tudo é ter em mente que o sangue, que leva os nutrientes por todo o organismo, deve ter em média o PH entre 7,36 a 7,42. Ou seja, levemente alcalino. O principal fator que determina o PH do sangue é, claro, a comida que você ingere.
E o que acontece se o sangue ficar ligeiramente ácido? Digamos, um PH de 6,95? Entra em coma.
E se ficar mais alcalino, tipo 7,7? Fica com irritação extrema, espasmos e convulsões.
É importante entender que as células estão mergulhadas no sangue.
E qual é a grande notícia? A alimentação do nosso dia-a-dia é extremamente ácida ou forma ácidos na decomposição (acidificantes). Para manter o equilíbrio devemos ingerir mais ou menos 4 alimentos alcalinos para cada alimento ácido ou acidificante. Em percentagem, 80% de alcalinos e 20% de ácidos.
Doenças se desenvolvem somente em ambiente ácido. A enfermidade não prospera em sangue adequadamente alcalino. Quanto mais ácido o sangue, mais os vírus, bactérias e fungos podem proliferar no organismo, e menos oxigênio é distribuído.
Alimentos alcalinos contém: Na (sódio), K (potássio), Ca (cálcio), Mg (magnésio) e Fe (ferro);
Alimentos ácidos são ricos em: S (enxofre, P (fósforo), Cl (cloro) e I (iodo).
Deem uma olhada na tabela de alguns alimentos e vejam se sua alimentação é ácida ou alcalina:
A única informação duvidosa que encontrei nessa tabela é em relação ao mel, pois até onde sei ele pode variar muito, entre 3 a 6 de PH.
É interessante pesquisar sobre os componentes e o PH dos alimentos antes de começar a mudar os hábitos alimentares. Existem muitas tabelas e listas por aí, é só pesquisar um pouco.


Dieta Macrobiótica
As informações abaixo são da fonte: http://www.alimentacaosemcarne.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5:macrobiotica&catid=38&Itemid=149

Atenção: a dieta macrobiótica admite um mínimo de comida animal, porém risquem isso da dieta.
Macrobiótica
ESCRITO POR DR ERIC SLYWITCH. PUBLICADO EM DEFINIÇÕES.
Histórico
Por definição, a dieta macrobiótica é um conjunto de regras de higiene conducentes ao prolongamento da vida. A dieta macrobiótica tem princípios que datam de mais de 4.000 anos atrás. É um sistema empírico e a sua base foi a experimentação e a análise minuciosa.
Considera-se Ekiken Kaibara (1630 a 1716) o pai da macrobiótica.
O seu fundador moderno foi Sagen Ishizuka (1850 a 1910), médico japonês que ensinou essa arte a Sakurazawa Nyoti (conhecido no ocidente como George Ohsawa). Foi George Ohsawa (1893 a 1966) que, após a Primeira Guerra Mundial, passou a difundir essa filosofia de vida por todos os continentes.

Princípios
A macrobiótica se considera como uma filosofia biológica, fisiológica, social, econômica e lógica. Dentro dos seus princípios, tudo o que existe no universo pode ser classificado em yin ou yang de acordo com as suas características (Tabela 1). A união dessas polaridades denomina-se Tao, constituindo o chamado Princípio Único do Universo.
Tabela 1.
Manifestação das variáveis universais e as suas polaridades. 
Não entrem nessa e achar que o homem é yang e a mulher é ying. Isso é loucura.
Referência
yin
yang
Gênero
feminino
masculino
Cores
violeta, azul, preto
vermelho, amarelo
Temperatura
frio
quente
Elemento
água
fogo
Minerais
K, P, Ca, N
Na, H, C, Cl
Biologia
reino vegetal
reino animal
Agricultura
legumes, leguminosas, verduras e frutas
cereais
Estações
inverno
verão
Paladar
ácido, picante, doce
salgado, amargo
Vitamina
C e B
K, D, A
Higidez
doença
saúde
Órgãos
ocos ou cheios de líquido (bexiga, olhos, vesícula biliar, estômago etc.)
compactos (rins, fígado etc.)
Trabalho
intelectual, cerebral
físico, muscular
Segundo essa filosofia, a doença é decorrente da falta de discernimento do ser humano para compreender as leis que regem esse equilíbrio e para viver de acordo com elas. Devido ao desequilíbrio, surgem as moléstias e o sofrimento.

Dessa forma, todos os alimentos, as manifestações humanas e as variáveis do universo, classificadas em yin ou yang (em maior ou menor grau), são combinadas de forma a esculpir o ser humano e torná-lo apto a viver em harmonia consigo mesmo e com o universo, livre de doenças e do sofrimento. A morte é considerada yin (força centrífuga, dissolução do corpo), assim como a maioria das doenças que atingem a humanidade nos dias atuais. Para equilibrar o organismo, no que se refere à dieta, deve-se utilizar os alimentos balanceando-os dentro de uma combinação doença-alimento, com princípios yin/yang. Distúrbios mais yin devem ser tratados com alimentos mais yang e vice-versa. Seguir as orientações do Quadro 1 é de vital importância dentro desse sistema alimentar.

Princípios básicos da dieta macrobiótica
1.       Não ingerir alimentos sólidos ou líquidos fornecidos pela indústria, como açúcar, doces e refrigerantes, alimentos enlatados ou engarrafados, ovos não fecundados, conservas etc.
2.       Não comer frutas nem legumes cultivados artificialmente, com adubos químicos com inseticidas.
3.       Não comprar alimentos provenientes de regiões muito distantes, pois necessitam de métodos de conservação que são muito prejudiciais.
4.       Não consumir vegetais ou frutas fora da estação própria.
5.       Evitar os legumes mais yin: batatas, tomates e beringelas.
6.       Não usar condimentos ou temperos químicos. Molhos de soja e missô encontrados no comércio são, na maior parte das vezes, produzidos com aditivos químicos. Procurar esses produtos isentos de tais aditivos.
7.       Utilizar apenas sal marinho integral.
8.       Não utilizar café e nem chás que contêm corantes e conservantes (os que estão à venda nas casas comerciais são, geralmente, conservados artificialmente ).
9.       Quase todos os alimentos de origem animal, como galetos, carne de porco ou de vaca, manteiga, queijo e leite, são tratados e produzidos com produtos químicos. Devem ser evitados. As carnes de animais livres de produtos artificiais ou químicos podem ser utilizadas ocasionalmente.
10.   Evitar fermentos (principalmente à base de bicarbonato de sódio).
11.   Utilizar apenas alimentos integrais (não refinados).
12.   Mastigar no mínimo 50 vezes cada porção (de preferência mais de 100 ou 150 vezes).
13.   Não utilizar panelas de alumínio ou politetrafluoro etileno (Teflon©).
14.   Beber apenas chás recomendados; o mínimo possível.
De todos os alimentos, os cereais integrais são os únicos considerados equilibrados para o ser humano, devendo constituir a maior parte da dieta. Alimentos crus, como frutas e verduras, são considerados demasiadamente yin, sendo apenas indicados em condições específicas. O fogo é yang e por isso os alimentos devem ser submetidos ao aquecimento para que se tornem mais yang (ou menos yin).
Além da dieta, a macrobiótica preconiza uma atividade física e mental adequadas. Em alguns casos, podem ser utilizadas compressas de alimentos específicos, como gengibre e inhame.

As formas da alimentação macrobiótica
A macrobiótica é, por princípio, um sistema vegetariano estrito (vegano). No entanto, após a sua sistematização e chegada ao ocidente, George Ohsawa se deparou com a dificuldade dos ocidentais de viver sem a ingestão de carne, incluindo assim o seu uso em alguns níveis da dieta. Existem, portanto, 10 maneiras de seguir a dieta macrobiótica (Tabela 2).
Tabela 2.
As 10 maneiras de comer através da Macrobiótica
Número
Cereais %
Vegetais %
Sopas %
Carnes %
Saladas e Frutas %
Sobrem. %
Bebidas
(líquidos de qualquer tipo)
7
100
-
-
-
-
-
O
menos possível
6
90
10
-
-
-
-
5
80
20
-
-
-
-
4
70
20
10
-
-
-
3
60
30
10
-
-
-
2
50
30
10
10
-
-
1
40
30
10
20
-
-
-1
30
30
10
20
10
10
-2
20
30
10
25
10
10
-3
10
30
10
30
15
15
Considera-se mais seguro (sob o ponto de vista do Princípio Único, em relação à manutenção da saúde) permanecer nas dietas de nível 5 a 7. Como orientação para utilizá-la, podemos nos basear nos princípios adotados pelo Instituto Macrobiótico do Dr. Henrique Smith:
dieta 7, chamada de “dieta de choque” - indicada para as doenças graves, degenerativas, assim como para as de etiologia desconhecida pela medicina tradicional;
dieta 5, considerada como “dieta normal” - indicada para pacientes sem queixas, idosos ou jovens, que procuram a macrobiótica por opção alimentar;
dieta “específica”, destinada a pacientes que apresentam reações para o lado de algum órgão ou aparelho. Inclui a dieta normal (número 5), acrescida de algum alimento específico, ligado ao caso em pauta (obesidade, reumatismo, câncer etc.);
dieta “especial”, indicada para casos adiantados de enfermidade e desintegração orgânica. É a dieta normal, acrescentando-se sopa de missô (preparado sem conservantes), caldo cremoso, Tekka (preparado especial a base de raízes) e outros específicos (caso de hemorragias, infecções localizadas ou generalizadas, etc.);
as dietas -1, -2 e –3, são autorizadas somente aos macrobióticos antigos, que já sabem como comer, como se equilibrar, como se defender e como se curar.
De forma mais flexível, o autor Kushi mantendo a recomendação de que a dieta seja orgânica e minimamente processada, propõe a seguinte composição.
Diariamente:


pelo menos 50% do volume de cada refeição em cereais integrais (principalmente na forma de grãos: arroz integral, cevada, painço, aveia, trigo, trigo mourisco. Utilizar, em menor quantidade, talharim, pães e farinhas);

20 a 30% de vegetais, preparados de diferentes formas e produzidos próximos ao local em que se vive. Isso inclui pequenas quantidades de vegetais crus ou conservados em salmoura;


10 a 15% de feijões de vários tipos, bem como os seus derivados (tofu, tempeh - um derivado fermentado de soja); algas marinhas em consumo regular;
5% do volume da dieta na forma de sopas.
Semanalmente (ou menos):pequenas quantidades de frutas (duas ou três vezes por semana, de preferência cozida), peixes (menos de 15% da refeição, uma ou duas vezes por semana) e sementes (como lanche ou reforço alimentar).
Ocasionalmente (mas, de preferência, não utilizar): carne vermelha, laticínios, alimentos que contenham aditivos químicos e ovos.
Referências bibliográficas
1. Silva PA, Lourenço FMB, Maurer JHTMF, et al. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Mirador Internacional. 4a ed. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. .
2. Smith H. Breve histórico da macrobiótica. In: Smith H. Macrobiótica Zen para o Brasil. 1a ed. São Paulo: Hagaesse; 1994. p 18-21.
3. Smith H. Yin-Yang. O princípio único. In: Smith H. Macrobiótica Zen para o Brasil. 1a ed. São Paulo: Hagaesse; 1994.p 59-72.
4. Nyoiti S. As dez maneiras de nos alimentarmos convenientemente. Nyoiti S. In: Macrobiótica Zen. A Arte da longevidade e do Rejuvenescimento. 9a ed. Porto Alegre: Associação Macrobiótica de Porto Alegre; 1989.p.35-9.
5. Smith H. Dietas macrobióticas. In: Smith H. Macrobiótica Zen para o Brasil. 1a ed. São Paulo: Hagaesse; 1994.p 199-201.
6. Ohsawa G. Guia prático de Medicina Macrobiótica. São Paulo: Ícone; 1992.p.43-4.
7. Kushi M, Jack A. The Cancer Prevention Diet: Michio Kushi’s Macrobiotic Blueprint for the Prevention and Realief of Disease. New York: St Martin’s Press; 1993.

8. Kushi M. A forma padrão da alimentação macrobiótica. In: Kushi M. A cura natural pela macrobiótica. 2a ed. São Paulo: Ground; 1987.p.25-8.

A postura de um(a) vegetariano(a)
Não tenho a pretensão aqui de estabelecer qualquer tipo de regra, padrão ou mandamentos frente a algumas coisas que não deveríamos tolerar. 
Por exemplo, as lutas. Já não basta ver os animais (caçadores e caça) na sua guerra diária de comerem um ao outro, ainda temos que incentivar as lutas de homens contra homens, tais como Box, MMA, Karatê, Judô, etc. até mesmo em Olimpíadas?
A luta deve ser apenas para defesa pessoal e consequentemente para manter a forma física.

Já não basta ver os animais em paz e ainda colocá-los para brigarem entre si em rinhas ou em touradas e , rodeios com o homem, etc?
Você bate no seu cão? Se bate, será que ele sabe por que está apanhando?

Andar de cavalo ou charrete em lugares turísticos ou a cavalo. Não consigo me ver em cima de um cavalo.

Visitar zoológicos? Você já percebeu que os animais nos zoológicos são todos apáticos? É claro, é porque eles foram roubados de seus respectivos habitats.

Enfim, são coisas que não condiz mais conosco no dia a dia e sempre.



Dicas de sites, receitas e turismo
http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/
http://www.cantinhovegetariano.com.br/
http://www.revistavegetarianos.com.br/
http://www.svb.org.br/
http://www.sejavegetariano.com.br/
http://www.centrovegetariano.org/
http://www.ecoharyogaashram.com.br/
http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/
http://www.sbecotur.org.br/rbecotur/seer/index.php/ecoturismo/index